quarta-feira, julho 28, 2010

Desligar-se às vezes é importante. Você passa a perceber a falta ou 'não-falta' que cada um faz. Essa falta é relativa, quando as pessoas realmente se importam conosco, elas não nos deixam desligar de vez. Sempre, de jeitinho bem sutil, nos trazem de volta à superfície e nos salvam de nós mesmos... Nesse interior confuso que eu vivo e nesse exterior que com frequencia me sufoca, sinto-me um tanto quanto desligada, abandonada. Criaturazinha carente,viu? Mas minha carência não é saciável. Não... Ela é diferente. Sinto mais pelas coisas que deixaram de acontecer, que nunca vão acontecer, ou que eu presumo que serão inevitáveis, do que pelas coisas que realmente acontecem. Choro pelo o que não vivi, me dói sonhar com o que nunca vou sentir e me preocupo... Preocupo-me tanto com o que claramente sei que vai acontecer mais hora ou menos hora, porque estou vendo que aos poucos, a sutileza de quem me resgatava de mim mesma está se tornando cada vez mais sutil, quase imperceptível.
Ai de mim quando realmente nada mais existir... Quando eu for esquecida num cantinho qualquer do seu pensamento e virar apenas uma boa lembrança. Pelo menos você vai sorrir, e tomara que pense em como poderíamos ter sido, porque tenha certeza de que estarei pensando nisso... Todos os dias.

(Câmbio, desligo. )

sexta-feira, julho 09, 2010

Eu hoje estou triste.
Não estou aqui com meu coração... O que me vem à tona é só um vestígio de resistência.
Porque, no fim das contas, é isso o que tenho feito ao longo desses anos: Resistir.
Mas eu já desconfiava, as coisas estavam caminhando a passos de dança, felizes.. e convenhamos, uma trilha assim tão bela nunca me pertenceu.

Eu hoje estou triste,
tão triste
que nem sinto vontade de escrever.

sexta-feira, julho 02, 2010

Lamento

Sua tranquilidade me desespera.
Será que só eu estou vendo para onde estamos caminhando?
Fim... Fim...
Talvez seja melhor eu sofrer agora,
me preparar.
Assim, talvez ainda sobre alguma coisa boa dentro de mim
quando eu ouvir aquela velha conversa de que não dá mais.
A culpa não vai ser sua... Vamos acabar superando, mesmo que eu sinta uma saudade sufocante me embalando nos fins de semana, e só consiga dormir abraçando o travesseiro contra o peito, sem saber se você ainda pensa um pouco em mim.
Provavelmente não. Você foi sempre tão seguro de si, vai conhecer pessoas novas, quem sabe mais interessantes e experientes do que eu, o que não é muito difícil.
É que me dói tanto saber que quase fomos muito felizes... Quase conseguimos quebrar a profecia de sofrimento do amor, quase encontramos a definição certa de 'para sempre'... Quase.
Mas de nada adianta esse alvoroço de possibilidades e não ser real enfim.
Você vai embora, vai me deixar...Eu sei.
E eu nem pude me defender, só pude me preparar.
Mas tudo bem, pelo menos já sei como é estar sozinha.