quarta-feira, julho 28, 2010

Desligar-se às vezes é importante. Você passa a perceber a falta ou 'não-falta' que cada um faz. Essa falta é relativa, quando as pessoas realmente se importam conosco, elas não nos deixam desligar de vez. Sempre, de jeitinho bem sutil, nos trazem de volta à superfície e nos salvam de nós mesmos... Nesse interior confuso que eu vivo e nesse exterior que com frequencia me sufoca, sinto-me um tanto quanto desligada, abandonada. Criaturazinha carente,viu? Mas minha carência não é saciável. Não... Ela é diferente. Sinto mais pelas coisas que deixaram de acontecer, que nunca vão acontecer, ou que eu presumo que serão inevitáveis, do que pelas coisas que realmente acontecem. Choro pelo o que não vivi, me dói sonhar com o que nunca vou sentir e me preocupo... Preocupo-me tanto com o que claramente sei que vai acontecer mais hora ou menos hora, porque estou vendo que aos poucos, a sutileza de quem me resgatava de mim mesma está se tornando cada vez mais sutil, quase imperceptível.
Ai de mim quando realmente nada mais existir... Quando eu for esquecida num cantinho qualquer do seu pensamento e virar apenas uma boa lembrança. Pelo menos você vai sorrir, e tomara que pense em como poderíamos ter sido, porque tenha certeza de que estarei pensando nisso... Todos os dias.

(Câmbio, desligo. )

4 comentários:

  1. Oi, Bia! Há qto tempo não há vejo!
    Realmente é bom que nos desliguemos um pouco de algumas coisas... Para nos centrarmos em outras...
    Lindo texto!
    Beijão!

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  2. Perfeito o texto Bia, você escreve muito bem! Ele diz tudo o que estou sentindo no momento. Estou me desligando, porque as vezes é mesmo preciso, as vezes a gente tem que se desligar para conseguir voltar mais forte à superfície.

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