quarta-feira, setembro 26, 2012

Bom dia



Pinga e escorre,
escorre e pinga
corre e pinta o papel de outra cor.
Não as lágrimas, mas a chuva
Não há lágrimas, mas há chuva
E um pequeno verso de quem não morreu de amor.

Traços, contornos,
passos, sombreados,
A luz que nunca ilumina o quarto
E você ainda não me procurou
(Mas eu também não me encontrei)
Pequena sina de quem não morreu de amor.

Mas queria.

terça-feira, setembro 25, 2012

Enquanto você me esquecia.



Mais uma vez aqui
Dois estranhos e uma mesma música.
Eu não te conheço,
você mal sabe a cor do meu olho.
Dança comigo?
Sei de alguns medos seus,
não sei dos seus modos
Entendo teus erros,
Não sei dos teus sonhos.
Também pouco me importa
- Ainda não decidi se me importo ou não com você. -
Habitamos a mesma melodia perdida,
a mesma ausência de amor
a mesma vontade de amar.
Canção cheia de 'dós'
A mente cheia de nós
E nós, cheios de que?
Dois pra lá,
dois pra cá.
Cuidado pra não fugir do ritmo.
Entre o aqui e o 'lá',
posso ser quem você quiser.
Entre a lua e o 'sol'
Te conduzo e te afasto de mim.

E tudo termina antes do refrão?
Eu sei dançar todo o resto,
sei me dosar até o último verso,
Você, meu parceiro,
é que não.

sexta-feira, setembro 21, 2012

0138


O que sobrou de mim?
Nesse momento encontro-me assistindo a uma comédia romântica que nunca vi, mas que já imagino o final, no mute.
Crio diálogos profundos, crio uma vida além da que eu tenho em mim. Crio sentimentos que queria possuir. Formidável dar vida à alguém...ando tão desgostosa de viver.
O que sobrou de mim?
É só minha vida...
Ser?
Só?
Sua?
Vida?
Me afoguei no meio do caminho.

Estou me guardando, me aguardando, te aguardando, me aguardendo em desejo.

E vibra, se ilumina, traz seu nome, mas não me dá você. Nem palavras suas hoje...nem palavras sujas hoje.
Vejo aqui todas as cores dançando na harmonia. E você não me deu nada.

Nada,
nenhuma palavra,
nenhum olá,
nenhum "te salvo"
nenhum "vem cá"
Quem é você?
Cansei de redescobrir.

E agora?
O que sobrou de mim?

Uma história de muita vida, pra alguém que não viveu.

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