quinta-feira, dezembro 27, 2012

Sobre estar perdida

Eu cresci mais que meu corpo
E agora já não sei me sustentar
É de dor-de-alma 
que dia-a-dia morro,
Ou alimento o mundo
e apodreço,
Ou obedeço o que sinto
sem ninguém a alimentar.

Exausta de máscaras
que já não caem mais
Que moldam minha face
e escondem as expressões reais.
Não sei mais quem sou
só conheço o que deveria ser.
E vivo na linha 
entre o que restou (e sou)
e o que seria certo viver.

As horas e os dias 
me grudam na pele
Machucam, me queimam...
O tempo me fere.

quinta-feira, dezembro 13, 2012

Sobre abandonar e não voltar no tempo.

Aqui vou me despedir
e peço, por favor, que me entenda.
Não fui eu quem quis assim,
e sei que você também não.
Entenda enfim, o porquê me despeço:
Darei trégua ao meu coração.

Ando perdida no tempo,
vagando há tempos nas horas,
cruéis e frias, depois das 13
por favor, entenda,
é preciso ir embora.
E não estou triste em partir,
tudo o que fica não interessa mais
espero começar do zero
o que eu tinha, não me satisfaz.

Abandono o que fui,
o que tinha,
o que sou...
E, por favor, tente entender.
Deixei quem eu era
por quem eu devo ser.
Apago o vazio sem cor nem saída
e já vejo um carnaval,tudo clarear..
Porque enfim vou provar a vida
porque enfim achei meu ponto de partida.
Descobri, amor, quem eu devo ser
é aquela que sonha, ama e sente
e só VIVE, amor,
por você. 

sexta-feira, dezembro 07, 2012

- Sobre o amor e o direito de resposta.


A morte é um tanto quanto indelicada,
não faz cerimônia,
não tem data marcada...
Quem garante ser o fim?
Se ainda sou começo,
agora estou no começo do fim.
Não quero mais que clareie,
por favor, me ajude!
Há pouco desejava o sol
e o tempo a meu favor,
mas os minutos rasgam meu peito,
não pela ausência física,
mas pela despedida mental.
-Seria o fim de quem me ilude?-

E sobre o "nós", prefere o "eu"?
Sobre nós, escureceu.
perdi a fantasia que meus sonhos vestiam,
e você prometeu me cuidar...
vejo os retalhos da metade que fui,
procurando meu erro que o faz me negar.
E se temes "nossa" vida,
por favor, decida,
e eu aviso meu coração.

Mais indelicado que a morte
é o amor.
Me ferveu inteira, me deixou a seu dispor
pra me dar os pêsames pelo dia novo.
De novo.