segunda-feira, dezembro 23, 2013

Além do bom dia

"(...)
- Eu não sou romântica. Sempre fui seca. 
- Não. Você escreve poesia... Você é romântica. 
- Na vida sou de pouca palavra de amor. Sou adepta a silêncios. 

(Pausa)
- Então não vai me falar nada? 
- Mas a questão é: Se eu te beijo, preciso de palavras? Se eu te toco na pele, preciso te tocar com rimas? Se eu amo você, preciso falar de amor? 
- Já tá escrevendo de novo ou ta me dizendo isso? 
- Agora escrevo, não posso fazer. Agora sou só teoria, na prática funciono diferente.

(Pausa) 
- Não sei como vai ser. 
- Te prometo falta de tédio. Pode ser?

- Tá. " 

domingo, dezembro 22, 2013

Futuro do pretérito preferido

Vou te gritar meu amor baixinho
Para que não desconfies
O quanto te quero bem.
Assim, talvez, te escondendo
Escondo esse amor de mim também.

Vou te gritar meu amor baixinho
Para que eu não perca você
Ou pra te ver chegando pertinho
Tentando ouvir o que digo
Mas prometo só te dizer:
- Não é nada, estou bem.

Vou te gritar meu amor baixinho
Porque assim você não se afasta
Então continuo errada,
querendo o que não existe,
tendo você pela metade
e fingindo que me basta.

E preciso gritar amor,
senão eu perco o juízo
E aqui sigo sem amor de verdade
Porque estarei sempre apaixonada
pela possibilidade
do que poderíamos ter sido.







segunda-feira, dezembro 16, 2013

Querer pobre em rima ruim.

'Querido amor 
não tão querido
faz meu coração doído
doido
doído
afoito.

Querido amor 
que não me ama
e talvez seja só drama
tudo bem, eu levo a fama
ou talvez, seja amor
rumor
amor
meu humor.

Querido amor 
meio assim, sociopata
não vou seguir outra estrada
porque em qualquer caminhada 
vou sempre querer ver você
amanhecer,
anoitecer,
enlouquecer
comigo.'


Te fiz uma poesia pobre
pra rimar com o amor que não me deu
Sentimento não pode ser tão pensado
pesado, passado
Feliz é quem não sente e só pensa
Ou quem sente e é sentido
Azar o meu de perder o juízo
de insistir em pensar, querer e sentir
e no fim das contas,
eu só fingi.











sábado, dezembro 14, 2013

É porque te espero.

Por que você, que é só um nome?
Me tira as cores, as flores, as horas
e some.
Por que você, se não é real?
Só faz o tempo parar de doer
e em alguns do meus sonhos,
escondo você
Mas a dor de acordar é desleal.

E por que eu,
Se não quer abrigo?
Se renuncio ser só
Me abro, me viro,o afeto recrio
Se você não virá?

O que tenho comigo
é só o mar
é só o mar
é só amar
Ser só
e só.




quinta-feira, dezembro 05, 2013