domingo, setembro 20, 2015

Subterfúgio n•2

Você que me vê 
De algum lugar do teu forte, seguro 
De algum lugar do teu "medo de tudo"
Com o mundo ao teus pés 
e os olhos nas janelas da noite. 
E eu que te vejo
De algum lugar, perdida, no escuro
Dia mais dia ouvindo esse grito mudo
De que "está tudo bem, mas..."
"Mas, e se, enfim..."
E assim, não te deixo ir embora 
Embora, sabemos, já passou da hora. 
E fica
Fica 
Não vai... 
Como o passado não passa?
Eu procuro os sinais
E encontro fantasias bonitas
Qualquer placebo me satisfaz. 
A culpa é sua?
A culpa é minha!
Você não me vê... 
É só uma ideia bonita que eu guardei 
Do que costumava saber de você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário